50º ANIVERSÁRIO DO EMBARQUE DO BCE 357
50º Aniversário do Embarque do BCE 357
A esperada carta com o aviso da data, local e hora da reunião chegou.
Pombal, dia 29 de Abril de 2012, a começa rcerca das 10 horas da manhã, no
restaurante “O Litoral”.
Cada qual começou a fazer os seus planos, programar os itinerários -não esquecer
que um que prometeu vir, era de Vila Real de Santo Antónioe veio!
Chegou o dia.
Domingo chuvoso, mais cautela na condução, mas a malta ia chegando.
- Olha! o Bifanas digo eu. E ele aproximou-se. E apareceu O Braga, e o, como
se chamava ele?
- Então não se lembra?- Era o “Corrécio”. A malta ia chegando.
Outras coisas, há muito tempo, não nos tinham impedido de andar, não era agora
uma simples chuvada que nos impediria.
Chegada a hora da missa, os que podiam dirigiram-se à igreja onde assistiram ao
SantoSacrifício, por intenção dos que já partiram. Ficámos por ali meia deles, cuja
locomoção deixa alguma coisa a desejar…
- Olha o Zé-Barbeiro, diz um apontando na direcção do acabado de chegar
(o Zé era o barbeiro da 306, o que nos dava as carecadas).
- Perguntei-lhe pelo “Puler”, que ainda não tinha visto.
O seu sorriso sempre aberto, apagou-se. Fiquei preocupado.
- Então?!
- O Puler já não vem mais. Morreu!
Rapidamente todo o grupo dispersou como se ali fosse rebentar uma mina…
Alguns puxaram do lenço e limparam um pingo de chuva que lhes corria pela
cara abaixo.
Ou seria uma lágrima!?...
Foi chegando o pessoal que tinha ido assistir à
missa, e começámos a tomar os nossos lugares para o almoço. Antes , com todo o pessoal de pé, foi pedido um minuto de silêncio em memória do nosso Capelão Padre Arnaldo, que já nos deixou!
Almoço barulhento, Era muita gente querendo contar suas aventuras a ex-colegas.
Entretanto foi anunciado que uma filha do que foi nosso Comandante Matos Silva, iria dizer algumas palavras . Fez-se silêncio.
Daquilo que ouvi ficaram-me as seguintes palavras:
"O meu pai disse-nos que nunca nenhum Batalhão lhe custou tão pouco a comandar como o 357"
Estava aterminar a reunião e o pessoal começou a dispersar.
Eu fiz o mesmo.
A.Ribau Teixeira
(ex-sargento miliciano da CCE 306)
Angola, 62/64